Tudo o que você precisa saber por trás da troca Pato x Jadson
Nessa semana dois arquirrivais, dos maiores clubes do Brasil, fizeram um dos negócios mais impactantes do futebol brasileiro nos últimos anos. Corinthians e São Paulo trocaram o atacante Alexandre Pato pelo meia Jadson. A dupla, que há pouco servia a seleção brasileira, trabalhará sob nova camisa a partir da semana que vem. Porém, algumas dúvidas ainda incomodam torcedores dos dois clubes em relação aos detalhes do negócio. Para quem não entendeu alguns pontos ou absolutamente nada da negociação, o UOL Esporte explica.
1. Quem vai por empréstimo? Quem vai definitivamente?
Alexandre Pato será emprestado ao São Paulo por dois anos, até o fim de 2015. O atacante tem contrato com o Corinthians até o fim de 2016. Em contrapartida, Jadson foi cedido ao Corinthians. O meia tinha vínculo com o São Paulo apenas até o final deste ano.
2. Por que Jadson não foi emprestado também?
Por ter contrato apenas até dezembro, o meia de 30 anos teria de renovar com o São Paulo para ser emprestado pelo mesmo período que Pato jogará no São Paulo. Como não tem sido utilizado pelo São Paulo, Jadson recusou a renovação. A única saída, então, foi cedê-lo definitivamente.
3. Quanto a operação custou para cada clube?
O acerto do empréstimo de Pato em troca da cessão de Jadson contará com a divisão dos salários do atacante. O Corinthians pagará metade dos vencimentos de Pato até o fim de 2015. O jogador ganha cerca de R$ 800 mil, no total. Jadson, que rescindiu com o São Paulo, obviamente terá o salário pago pelo Corinthians. No São Paulo, o ex-camisa 10 recebia cerca de R$ 300 mil.
4. O Corinthians poderá vender Pato durante o empréstimo?
Sim. O atacante pode ser negociado a qualquer momento com outro clube, desde que o Corinthians receba uma proposta de pelo menos 15 milhões de euros (hoje R$ 49 milhões) pelo jogador. Uma cláusula prevê o rompimento do empréstimo em caso de oferta nesse valor. Se houver oferta inferior a 15 milhões de euros, caberá aos dois clubes avaliar a possibilidade de negociá-lo. A partir de janeiro de 2015, tal cláusula é automaticamente reduzida a 10 milhões de euros. O São Paulo, obviamente, pode exercer o direito de compra durante o empréstimo.