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Objeto de desejo

Formação, 'efeito Mourinho' e fácil adaptação: por que técnicos portugueses fazem sucesso

Caio Blois Especial para o UOL, em Lisboa (POR) Rodrigo Coca

O técnico português Vitor Pereira foi anunciado pelo Corinthians no último dia 23, cercado de expectativas por parte da Fiel torcida. Aos 53 anos, ele terá a missão de acompanhar o sucesso de Abel Ferreira, comandante do Palmeiras, o arquirrival de seu novo clube no Brasil. Paulo Sousa, no Flamengo, é o outro treinador de Portugal na elite do futebol brasileiro.

Depois de uma experiência mágica com Jorge Jesus no próprio Flamengo, em 2019, os profissionais lusitanos aram a ser objeto de desejo no futebol brasileiro. Mas por que os portugueses viraram febre? O sucesso de Jesus ajuda a explicar.

"Não haveria essa moda - porque é um modismo, e isso não significa ser ruim - se o Jorge Jesus não tivesse arrebentado no Brasil. A partir desse momento, aram a olhar para cá. O idioma ajuda, claro. E as condições dos clubes que os procuram. O Pep Guardiola, mesmo, só treina as melhores equipes. Os grandes treinadores têm grandes equipes. É normal, não é demérito", é o que explica Jorge Castelo, ex-treinador e chefe da formação de treinadores da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de 2004 até 2018.

Outros fatores, entretanto, naturalmente influenciaram bastante. O UOL Esporte conversou com profissionais portugueses que participaram diretamente da formação de treinadores e da modernização do futebol no país para entender por que os técnicos portugueses fazem tanto sucesso, principalmente no Brasil.

Rodrigo Coca

Mauro Cezar: na realidade do Brasil, Vitor Pereira é ótima pedida

Ettore Chiereguini/AGIF

Formação de oito anos ao custo de R$ 45 mil e 'padrão Uefa'

Se no ado os brasileiros iam para Portugal ajudar no desenvolvimento do futebol na "Terrinha", hoje, os papéis se inverteram. O idioma, claro, é ingrediente importante na receita do êxito lusitano no país pentacampeão mundial, mas o fluxo aumentou por um motivo mais simples: uma formação profissional mais completa.

Em Portugal, um treinador precisa de ao menos oito anos para chegar à elite. A formação que começa no módulo básico e termina na elite tem quatro estágios que capacitam a atuar nas partes tática, física, técnica e psicológica. Os cursos de formação de treinadores de futebol seguem as diretrizes do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), em parceria com a Federação Portuguesa.

O custo também é alto: para deter todas as licenças da Uefa, é necessário desembolsar ao menos oito mil euros (cerca de R$ 45 mil).

Os níveis I (Uefa C) e II (Uefa B) são promovidos pelas 22 associações regionais e habilitam os profissionais a trabalhar nas categorias de base e divisões inferiores. São 12 escolas da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) no país.

"O português busca a modernidade na forma de olhar taticamente para o jogo e para o processo de treino, por isso estão pelo mundo inteiro e onde tiveram oportunidade, foram bem. Os conceitos táticos portugueses hoje são vanguarda no futebol mundial, e o profissional do país, principalmente no Brasil, é procurado por ter um conhecimento um pouco mais científico", diz Pedro Bouças, comentarista do Canal 11, de Portugal, ex-auxiliar de Jesualdo Ferreira em Santos e Boavista (POR), e que também exerceu cargos de formação no Benfica.

Marcelo Cortes / Flamengo

Trunfo é capacidade de adaptação

Mas o que há de diferente no técnico português em relação aos outros europeus? Portugal é o quarto país que mais forma treinadores em toda a Europa — atrás de Espanha, Alemanha e Itália —, a despeito de ser apenas o 16º em população no continente. A realidade socioeconômica e a paixão pelo esporte ajudam a explicar.

O bloco econômico conhecido como União Europeia aprofundou suas relações e integrou suas legislações de maneira mais moderna a partir do Tratado de Lisboa, feito em 2007 e posto em prática a partir de 2009. Por consequência da ideia de acabar com as fronteiras, a livre circulação de profissionais ou a ser incentivada.

"É importante deixar claro que a Uefa obrigou que os países fizessem formação de treinadores. E possibilitou, também, que esses treinadores circulassem por todo o espaço do mundo regulamentando a profissão. O reconhecimento não é à toa, são cursos de excelência, fiscalizados, a Uefa acompanha, cria diretrizes. Os cursos de fora não têm validade porque não se reconhece qualidade do curso", conta Jorge Castelo, antes de completar:

"É, portanto, o que falta ao Brasil: é necessário que a CBF faça pressão para que suas formações sejam boas o suficiente e reconhecidas pela Europa, que é onde há o melhor futebol do mundo."

Thiago Ribeiro/AGIF

"Obrigados a ser criativos": o segredo

Na esteira do sucesso de José Mourinho [leia mais abaixo], Portugal ou a exportar seus técnicos e aprimorar a formação de jogadores, para diminuir o impacto de ser um país de dimensões e população pequenas em comparação aos rivais no futebol. Com menor poderio financeiro que seus vizinhos, o país obrigou seus treinadores a conviver em contextos adversos ao longo da carreira.

"A formação acadêmica é importante, mas a prática é essencial para que o treinador português se torne competente. Portugal é um país pequeno, e até chegar ao topo, os treinadores am por muitos contextos, desde trabalhos com condições ruins e pouco talento nas equipes até a elite. Para crescer e fazer suas equipes evoluírem, os técnicos portugueses são obrigados a procurar mais soluções, serem criativos e pró-ativos", explica Pedro Bouças, que já trabalhou no Santos.

As condições do país aumentaram a capacidade de adaptação dos profissionais, e mesmo dentro de suas fronteiras, os treinadores acabaram preparados para qualquer contexto no mundo.

O treinador português tem capacidade de adaptação aos diferentes contextos. Abel Ferreira e Jorge Jesus já obtiveram sucesso com propostas, elencos e realidades diferentes. O professor Jesualdo [Ferreira] também, assim como Nuno Espírito Santo e Vitor Pereira. Seus times jogam de diferentes formas ao longo dos anos, mas o trabalho é eficiente. Isto é a humildade, fruto da formação num país pequeno, com material humano reduzido."

Pedro Bouças, Sobre a formação de técnicos de Portugal

Houve um conjunto de pessoas, e eu por acaso liderei esse processo, dei continuidade ao que vinha de trás, e durante vários anos, amos a exigir várias coisas que não exigíamos antes. Reprovamos treinadores, por exemplo. Reconhecidos! Os outros, então, vinham aqui e sabiam que precisavam estudar, se dedicar. Se não, aparecia no jornal 'o treinador tal reprovou'. Isso já tem tempo. A partir daí, todos aram a levar a formação a sério."

Jorge Castelo, Sobre o sucesso da escola de treinadores do país

Alberto Lingria/Reuters

O 'efeito José Mourinho'

A formação de treinadores começou em Portugal no final da década de 1970. Rapidamente a primeira escola especializada em futebol, na Universidade Técnica de Lisboa, atraiu tantos interessados que precisou de parâmetros novos para reduzir a quantidade de certificados. Da faculdade, hoje integrada à Universidade de Lisboa, a maior do país, saiu Carlos Queiroz, considerado um revolucionário nos métodos de treinamento e formação de jogadores.

A geração bicampeã do Mundial sub-20 em 1989 e 1991 ou pelas mãos de Queiroz, e com ele, muitos profissionais. Ainda que tenha partido de outra 'árvore genealógica' da bola, pouco tempo depois surgiria o homem que colocou os treinadores portugueses em outro patamar: José Mourinho.

Tradutor de Bobby Robson no Sporting, Mou virou auxiliar no Barcelona, onde seguiu mesmo com a saída de Robson e a chegada de Louis Van Gaal. O sucesso que conseguiu no futebol português foi tanto que levou o Porto ao título da Liga dos Campeões de 2004, e de lá, partiu para a glória em Inglaterra e Itália.

"Antes de Mourinho, costumava-se dizer que todos queriam ser jogadores de futebol. Depois dele, todos queriam ser treinadores. Ele teve um impacto muito grande. O treinador português ou a ser requisitado em todo lugar. José Mourinho não só fez o português querer ser treinador como abriu as portas em todo o mundo. Muitos de seus auxiliares e profissionais influenciados por ele aram a internacionalizar o treinador português nos principais campeonatos", pontua Pedro Bouças.

Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O que esperar de Vitor Pereira

O novo técnico do Corinthians pode ser desconhecido no Brasil, mas em Portugal faz muito sucesso. Em campo, conquistou títulos com o Porto, e fora dele, se destacou pelo perfil polêmico.

"Conheço muito, joguei contra ele. Ele é um pouco fora da caixa. É um treinador que pode ter uma grande ideia que resolva e, ao mesmo tempo, pode parecer uma invenção. Algumas vezes é provocador. Vamos ver como vai ser no Brasil. É parecido com o Abel Ferreira em termos de modelo de jogo. Gostam de transições rápidas, bola parada, contra-ataque e uma organização defensiva estupenda", conta Castelo.

Dentro de campo, a adaptabilidade característica dos portugueses é destacada. Pereira já montou times com diferentes estruturas e quase sempre teve sucesso.

"É um treinador com capacidade de adaptação maior. Já treinou equipes como o Porto, que tinha a bola durante quase todo o jogo, com sucesso, mas também foi campeão na China, com o Hulk, em um jogo mais direto, mais perigoso em contra-ataques e transição. Ele já formou suas equipes no 4-3-3, hoje joga com três zagueiros e, portanto, é um treinador mais maleável. É um técnico inteligente e que tem capacidade de repetir o sucesso dos outros portugueses", opina Bouças.

A estreia do novo português do futebol brasileiro será num clássico contra o São Paulo em 5 de março, no Morumbi.

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