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"Roleta russa" da Uber causou 16 mortes de motoristas no Brasil, diz livro

Políticas da Uber teriam colocado motoristas em risco, segundo livro - Canaltech
Políticas da Uber teriam colocado motoristas em risco, segundo livro Imagem: Canaltech

Fabrício Calado

Colaboração para o UOL

23/08/2019 20h18

Resumo da notícia

  • Facilidade no cadastro na Uber ocasionou mortes de motoristas no Brasil
  • Segundo livro, espécie de "roleta russa" no país visava condutores
  • Casos ocorreram antes de Uber reforçar segurança da plataforma
  • Uber diz que segurança é prioridade e cita medidas tomadas com novo CEO

Um livro sobre a história dos primeiros dez anos da Uber, que será publicado nos Estados Unidos no próximo dia 3 de setembro, alega que ao menos 16 motoristas do app foram mortos por causa de políticas frágeis da empresa de transporte no Brasil. Segundo o autor, o jornalista de tecnologia do New York Times Mike Isaac, a facilidade de cadastro para usar o app de carona causou os assassinatos.

"Qualquer pessoa poderia ar a Uber com um email falso, e jogar uma versão da 'Roleta Uber': chamar um carro e causar confusão. Veículos foram roubados e incendiados; motoristas foram atacados, roubados e, em alguns casos, mortos", diz um trecho do livro publicado no New York Times.

O autor cita um caso de Osvaldo Luis Modolo Filho, motorista de 52 anos assassinado em 2016 por um casal de adolescentes que pediu um carro usando um nome falso. Modolo recebeu tiros e foi esfaqueado pelos jovens, que premeditaram o crime para levar o carro para um desmanche.

Na época, a Uber afirmou que esta era a primeira morte de um motorista-parceiro no Brasil, prestou "profundo pesar" à família e afirmou colaborar com as autoridades para punir os autores.

Para o jornalista, a falha de segurança do app se devia a uma "obsessão" dos então chefes do Uber em crescer, além do uso de incentivos financeiros que agravaram problemas culturais já existentes - no caso, a possibilidade de pagar pelas viagens em dinheiro. À época, a empresa era comandada pelo controverso Travis Kalanick, que deixou o app em 2017 depois de uma série de escândalos.

De acordo com o livro, Kalanick não ignorava as mortes e os problemas em países em desenvolvimento, mas focava no crescimento da empresa - e considerava que a Uber, por ter as corridas registradas por GPS no aplicativo, já era mais segura do que táxis.

"A maioria dos brasileiros usava dinheiro com muito mais frequência que cartões, o que significava que, no fim de um dia de trabalho, era de se imaginar que um motorista (da Uber) levasse bastante dinheiro", diz o livro.

Naquela época, outros apps de corridas compartilhadas permitiam pagamento de viagens apenas com cartão de crédito, mas atualmente a maioria aceita dinheiro - para alguns, precisa da autorização do motoristas. Eventualmente, a Uber implementou outras medidas de verificação de identidade e segurança no app. "Mas não antes do assassinato de pelo menos 16 motoristas", segundo Isaac.

Uber diz que segurança é prioridade

Tilt entrou em contato com a Uber do Brasil, que apontou que "segurança é prioridade e por isso a empresa segue investindo constantemente em novas tecnologias e processos". A empresa destaca que a postura de tornar a plataforma mais segura foi reforçada após a chegada do atual CEO, Dara Khosrowshahi, que "tornou a segurança a principal prioridade da empresa".

A Uber cita as seguintes medidas tomadas desde então no país:

A companhia ainda salienta que o app permite que solicitações de viagens sejam canceladas por motoristas que não se sentirem seguros. A empresa também cita o fato das viagens serem registradas por GPS e que a plataforma coopera com as autoridades nos termos das leis. A Uber ainda lembra que tem telefone 0800 a serviço dos motoristas para auxiliá-los e também seguros disponibilizados para casos de acidentes ou despesas médicas.

Taxa de segurança fake?

Ainda segundo o livro, em 2014 a Uber chegou a impor uma "taxa de segurança" de US$ 1 em algumas viagens, que teria rendido à empresa cerca de US$ 500 milhões a mais. Porém, a verba não foi usada em nenhuma medida específica para melhorar a segurança, alega Isaac, e teria servido apenas para aumentar os lucros da Uber.

À época, o mais perto de uma política de segurança da empresa era oferecer um curso em vídeo para os motoristas do app. Só anos depois a Uber implementaria medidas como um botão de emergência para os condutores chamarem a polícia.

Nem a Uber norte-americana nem Travis Kalanick quiseram se manifestar no livro e na reportagem do New York Times.

Motoristas ainda reclamam

Apesar da melhora nas medidas de segurança, ainda há casos de violência envolvendo motoristas da Uber no Brasil. Um dos mais recentes aconteceu em janeiro deste ano, quando um motorista foi acusado de estuprar uma menor no Rio de Janeiro usando um cadastro falso.

Na investigação, o delegado do caso descobriu que a foto do condutor não batia com o nome, e que os dados pertenciam a outra pessoa de quem ele teria emprestado a Carteira Nacional de Habilitação.

À época, o caso, somado a outros no sul do Brasil, fizeram motoristas organizarem protestos e ameaçarem uma greve da categoria contra os apps.

Em maio deste ano, parte dos motoristas da Uber no Brasil aderiu à greve iniciada nos EUA por condutores do app, às vésperas da abertura de capital da empresa. Além de pressionar por maiores ganhos por quilômetro rodado, os brasileiros também pediam um reforço na segurança do app, como mais rigor no cadastro de ageiros na plataforma, com conferência de documentos e fotos de quem solicita carros. O fato de os motoristas só descobrirem o destino final dos ageiros depois que a viagem é iniciada também foi alvo de críticas. Muitos desejam que a Uber mude isso.