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Dançarino de aluguel: como é contratar um homem em salões de baile cariocas

Paulo vai nos aniversários da família de Nilsa  - Arquivo Pessoal
Paulo vai nos aniversários da família de Nilsa Imagem: Arquivo Pessoal

Roseane Santos

Colaboração para Universa

14/10/2018 04h00

Logo depois que seu marido morreu, a aposentada Shirlei Pinto, 68 anos, entrou em depressão profunda. Para espantar a tristeza, começou a freqüentar bailes de dança de salão. Entre uma música e outra, conheceu Raphael Viana, 25 anos, o seu primeiro dançarino de aluguel. 

“O que eu posso falar é que não me arrependo de ter contratado. Ele é um doce, gentil, educado. Falo que foi meu antidepressivo (risos). Em pouco tempo, eu deixei de tomar remédios, calmantes. Prefiro gastar com dançarinos a deixar o dinheiro na farmácia”, confessa.

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Shirlei e Raphael na pista: melhor gastar em baile do que na farmácia
Imagem: Arquivo pessoal

Na dança de salão, é comum o número de mulheres ser bem superior do que o de homens. Por conta da pequena quantidade de cavalheiros, os dançarinos de aluguel acabaram se tornando uma opção para as mulheres que desejam se divertir e escapar do famoso “chá de cadeira”. Agora também conhecidos como “personal  dancers”, eles fazem tanto sucesso que em alguns bailes tradicionais levá-los é tão fundamental quanto comprar o ingresso.

Quanto custa alugar um par?

O investimento nem sempre sai barato. Eles costumam cobrar de R$ 150 a R$ 250 por quatro horas de dança (esse valor sobe, de acordo com o prestígio do dançarino, se for professor ou conhecido na mídia). No preço, não estão incluídos a entrada do baile e nem despesas com alimentação. Há quem diga que o valor completo gasto em uma noite pode chegar até R$ 500 e normalmente quem contrata costuma sair mais que uma vez por semana. As “contratantes”, na grande maioria, tem mais de 50 anos de idade, são independentes e com bom nível financeiro.

Atualmente aposentado, Sérgio Pontes, 68 anos lembra com carinho dos seus tempos de dançarino de aluguel. Formado em direito, ele manteve seu escritório até aos 40 anos, quando deixou sua antiga profissão para acompanhar as senhoras nos bailes da cidade do Rio de Janeiro. “ Estava estressado e procurei um médico que me aconselhou entrar para as aulas de dança. Aprendi na academia do Jayme Arouxa, mas depois abri minha própria academia”, lembra. Enquanto dava as aulas, ele viu a necessidade das alunas que não contavam com quem sair para praticar os os. Ele chegou a ter 30 contratantes fixas.  “Eu saía para dançar com elas todos os dias da semana. Acabei esquecendo da minha vida pessoal”, diz.

Laços de amizade

Segundo Sérgio, nem tudo na relação com uma contratante gira em torno do dinheiro. “Eu fiquei com uma dama durante dez anos. No final, ela sofria muito com um câncer no estômago. Não agüentava mais dançar, mas pedia para ir aos bailes. Era a alegria para ela e o médico recomendava. Não tinha coragem de cobrar mais dela. Ela morreu há quatro anos” recorda.  

A dona de casa Nilsa Braz, 60 anos, também destaca que existe mais do que um simples contrato com o dançarino Paulo César Vianna, 29 anos. “Ele está sempre presente nos meus aniversários e às vezes caminhamos na praia, tomamos chope e jantamos. É educado e gentil. Alguns pensam até que é meu namorado, mas nem ligo para esse tipo de comentário. O que importa é que me sinto muito bem com ele", conta. Ela não se queixa de solidão e diz que a dança aumentou seu número de amigos. 

Paulo confirma que muitas vezes é possível que a amizade ultrae os salões.  “Já aconteceu de uma senhora estar com a família distante e me chamar para socorrer durante um período que ela estava doente. Eu fui numa boa, vi os remédios e perguntei se precisava que eu resolvesse algumas coisas da casa”, conta. 

Segurança x assédio

Algumas mulheres também gostam de sair somente pelo prazer da dança e não querem ser importunadas por um assédio indesejado. Essa foi uma das principais questões que levou a aposentada Tania Varela, 61 anos, a contratar um personal dancer.  “Eu ei por várias academias, mas percebi que poderia aprender muito mais na prática. Não estava saindo à procura de mais nada do que isso”, diz. 

Dandy e Tania: ele oferece até serviço de transporte - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Dandy e Tania: ele oferece até serviço de transporte
Imagem: Arquivo pessoal

Ela fala que a segurança também conta. “Se eu sair e dançar com um desconhecido, os riscos são maiores. A gente não sabe quem é aquela pessoa, com qual intenção ela está ali”, confessa. Tania dança há cinco anos com o personal  Dandy Salomão, 45 anos, que além da dança oferece o serviço de transporte.

Os dançarinos entrevistados item que ainda há muito preconceito em torno da profissão.  “Assim como os modelos, personal trainers, alguns pensam os dançarinos de aluguel são garoto de programa, mas nunca tive problemas em relação a isso. Acho que sei me colocar, manter minha postura”, afirma Paulo Vianna.  Só que todos falam que seguem um padrão profissional e que esclarecem que não rola sexo. “Já precisei romper o contrato com uma pessoa, porque ela ofereceu grana e até pagar uma faculdade para mim, caso eu me ficasse com  ela”, conta Raphael Viana.

Onde encontrar

É fácil encontrar um dançarino de aluguel em bailes tradicionais, como o do Clube Municipal do Rio de Janeiro, ou em bares que oferecem dança de salão. Porém, não é de bom tom abordá-los enquanto estiverem com outras damas. A propaganda desse serviço é por recomendação. Quem desejar contratar pode pegar referências com amigas, professores de academias e com os promotores dos bailes.

Segundo os dançarinos, esse é um mercado em que quase todos se conhecem e por isso não existe um clima de disputa entre eles. “Acabam se recomendando uns aos outros e caso um agir fora da ética, logo a notícia se espalha”, diz Dandy  Salomão.

Outra opção são os bailes de ficha, onde os dançarinos são pagos por cada música executada (cerca de R$ 4). Muitos deles também atendem de forma exclusiva e assim a dama já poderá ter um test drive dos os antes de contratar. Alguns também aceitam contratos para acompanhar em eventos como peças de teatro e viagens.