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Psicóloga ajuda mulheres a superar relacionamentos abusivos

Pollyanna Abreu, finalista do Prêmio Inspiradoras na categoria Conscientização e Acolhimento - Julia Rodrigues/Uol
Pollyanna Abreu, finalista do Prêmio Inspiradoras na categoria Conscientização e Acolhimento Imagem: Julia Rodrigues/Uol

Colaboração para Universa

13/07/2022 04h00

No último ano da faculdade de psicologia, Pollyanna Abreu, 36, viveu um relacionamento abusivo. Mentiras e manipulações para afastá-la das amigas faziam parte do jogo dele, que chegou a persegui-la na rua quando ela terminou o namoro, em 2008. O resultado foi uma depressão, que demandou terapia e muito e das amigas para ser superada.

Dez anos depois e já morando em Belo Horizonte, ela criou um perfil no Instagram para falar sobre relacionamentos abusivos. "Eu imaginava que seria algo pequeno. Não pensei que se tornaria o que se tornou", conta Pollyanna, fundadora da Não Era Amor e uma das finalistas do Prêmio Inspiradoras na categoria Conscientização e Acolhimento.

No período entre a formatura e a criação da Não Era Amor, Pollyanna foi se dando conta de que o que ela havia vivido era algo recorrente nas narrativas das pacientes e das amigas. Também se lembrava de que muitas mulheres da sua família sofreram abusos. Ao mesmo tempo, ou a ter um olhar crítico para a psicologia.

Os grandes teóricos da psicologia são homens, ou seja, não desenvolveram uma intervenção pensando nas mulheres. Foi a percepção dessa falha na minha área e do incômodo com o excesso de abuso ao meu redor que nasceu a Não Era Amor. Pollyanna Abreu, psicóloga

A iniciativa consiste em auxiliar, por meio de atendimento psicológico específico, mulheres que estão em um relacionamento abusivo ou que precisam tratar os traumas de ter vivenciado um. Em quatro anos, o projeto ganhou fôlego e já atendeu mais de 500 mulheres. Dessas, quase um terço (27%) aram pela terapia sem pagar nada.

Indiretamente, a metodologia de atendimento desenvolvida por Pollyanna chegou a mais de 1220 mulheres que fizeram terapia com as 340 psicólogas treinadas por ela. Hoje, a Não Era Amor conta com uma equipe de outras oito profissionais da psicologia e uma advogada que dá assistência às mulheres que necessitam apelar para a Justiça. Assim como as psicólogas, a advogada também faz alguns atendimentos gratuitos.

Atendimento que acolhe

Não é raro mulheres vítimas de abuso se sentirem responsáveis pelo que aconteceu a elas. "Se a mulher chega numa sessão de terapia e diz: 'a culpa é minha, eu provoquei?', e a psicóloga não tem uma compreensão correta do ciclo de violência, fala coisas do tipo: 'o que você pode fazer de diferente?' Mas a vítima de abuso não pode fazer nada de diferente a não ser se fortalecer para sair daquele ciclo", completa.

As consultas da equipe da Não Era Amor seguem as bases teóricas da psicologia e, junto a isso, focam em auxiliar as mulheres a tomarem consciência de que vivem relacionamentos abusivos. Na sequência, há um processo de fortalecimento e autocompaixão. "A intenção não é que a mulher termine a relação, mas com uma ajuda específica sobre abusos, muitas põem fim ao relacionamento porque conseguem condições para isso depois de saírem do isolamento social e ganharem independência financeira", diz Pollyanna.

Foi por meio de uma amiga do trabalho que a paulistana Vera, de 48 anos, em janeiro de 2019, conheceu o trabalho da Não Era Amor. Então casada há 21 anos, vivia há pelo menos cinco uma escalada de ciúme e controle. "Ele monitorava como eu gastava o ticket alimentação ou com quem conversava pelo WhatsApp. Houve um momento em que instalou câmeras em casa para me vigiar enquanto viajava", relata Vera.

Pós-graduada, com um bom emprego, filha de uma família de classe média, ela não entendia como poderia estar presa numa história ruim. Mas mesmo com seis anos de terapia, Vera ainda não havia entendido que vivia num cenário de violência. "Na terapia convencional, eu buscava acertos da minha atitude para fazê-lo mudar de comportamento. Com a Pollyanna, entendi que não era minha escolha. Era escolha dele", conta

Um mês depois de começar a terapia, Vera entrou com um pedido de divórcio, motivado principalmente por uma agressão física. O marido se recusou a sair de casa e só foi embora cinco meses mais tarde, quando ela conseguiu uma medida protetiva depois que ele a perseguiu na rua. "Esse período foi muito difícil, eu quase desisti", afirma.

O divórcio saiu no ano ado, mas Vera ainda discute na Justiça questões da guarda da filha mais nova, de 12 anos - ela tem outra de 23. "Às vezes me pergunto por que demorei tanto para sair. Hoje eu sou outra pessoa. Se não fosse a Pollyanna e a Não Era Amor, o e que me deram, tudo o que aprendi, talvez eu ainda estivesse vivendo aquela situação, que era prejudicial também às minhas filhas", diz.

Não Era Amor para todas

Pollyanna se emociona com histórias como a de Vera. "Entre três e seis meses, as mulheres que atendemos conseguem deixar relações abusivas. O meu sonho é ter uma espécie de Uber da Não Era Amor, uma plataforma online capaz de ajudar a todas, a qualquer hora, em qualquer lugar", afirma a psicóloga.

Ela deseja também levar a metodologia de atendimento da Não Era Amor para o doutorado e quer lutar para introduzir matérias sobre relacionamento abusivo nas grades dos cursos de psicologia e medicina. Recentemente, publicou um artigo sobre as políticas públicas de enfrentamento da violência contra a mulher. "Eu quero também que a Não Era Amor não precise mais existir", diz Pollyanna.

Quem tem uma amiga vítima de violência que ainda não se reconheceu nessa condição, também precisa ter cuidado ao abordar o tema. Ao invés de tentar mostrar de maneira direta que ela vive um relacionamento abusivo e precisa sair dele, o ideal é muni-la de informações capazes de fazê-la compreender. "Por exemplo, você já viu esse vídeo? O que você acha desse assunto? Eu estava discutindo com outras amigas e queria sua opinião", explica Pollyanna. O outro ponto é não julgar. "No lugar disso, o importante é mostrar que você está ali do lado dela, sem tentar controlar".

Sobre o Prêmio Inspiradoras

O Prêmio Inspiradoras é uma iniciativa de Universa e do Instituto Avon, que tem como missão descobrir, reconhecer e dar maior visibilidade a mulheres que se destacam na luta para transformar a vida das brasileiras. São 21 finalistas, divididas em sete categorias: Conscientização e acolhimento, o à justiça, Inovação, Informação para a vida, Igualdade e autonomia, Influenciadoras, Representantes Avon.

Para escolher suas favoritas, basta clicar na votação a seguir. Está difícil se decidir? Não tem problema: você pode votar quantas vezes quiser. Também vale fazer campanha, enviando este e os outros conteúdos da premiação para quem você quiser. Para saber mais detalhes sobre a votação, é só consultar o Regulamento.

O Prêmio Inspiradoras é uma iniciativa de Universa e Instituto Avon, que tem como missão descobrir, reconhecer e dar maior visibilidade a mulheres que se destacam na luta para transformar a vida das brasileiras. O foco está nas seguintes causas: enfrentamento às violências contra mulheres e meninas e ao câncer de mama, incentivo ao avanço científico e à promoção da equidade de gênero, do empoderamento econômico e da cidadania feminina.