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'Retirei o útero com mioma de 1 kg e ouvi que mulher assim não presta'

Ana Regina ou por tratamento psicológico e psiquiátrico que a ajudou a lidar com o que viveu após a cirurgia - Arquivo Pessoal
Ana Regina ou por tratamento psicológico e psiquiátrico que a ajudou a lidar com o que viveu após a cirurgia Imagem: Arquivo Pessoal

Juliana Almirante

Colaboração para Universa

06/05/2023 04h00

A enfermeira aposentada Ana Regina do Espírito Santo do Nascimento, de 58 anos, precisou realizar uma histerectomia total há 29 anos. Na ocasião, ela retirou o útero, a tuba uterina e os ovários por conta de um mioma.

Depois do procedimento, ela foi procurar conforto, mas ouviu de um líder espiritual que "mulher assim não presta". Ana também sentiu dificuldades de encontrar um parceiro afetivo porque não pode ter filhos. No entanto, ou por tratamento psicológico e psiquiátrico que a ajudou a lidar com o que viveu após a cirurgia. Ana encontrou no trabalho de enfermeira uma forma de superar os desafios, ao se dedicar ao cuidado dos pacientes.

Hoje, a enfermeira aposentada se enxerga realizada e feliz consigo mesma.

A Universa, ela relata com detalhes como tudo ocorreu.

"Estava com 29 anos quando recebi o diagnóstico de mioma. Comecei a fazer um tratamento e o mioma não regrediu. Foi feito um tratamento medicamentoso, mas não houve êxito. Então fui buscar ajuda de uma médica e fiz outros exames.

Quando foi feito o exame para saber se era câncer ou não, foi detectado que eu tinha um mioma de mais de 1 kg e que os dois ovários estavam em necrose. Era benigno. Mas minha mãe falou com a médica que a minha avó tinha falecido de câncer de útero.

A médica disse que tinha que fazer a retirada. Retirei o útero, os dois ovários e a tuba uterina. Nessa época, eu já era formada em enfermagem e atuava em um hospital da rede municipal de São Paulo.

No momento em que a médica falou sobre a necessidade de fazer a cirurgia, a única coisa que eu pensei é que queria ficar bem. Eu só pedi para fazer um corte abaixo do abdômen, para eu poder usar um biquíni.

A recuperação da cirurgia foi tranquila, mas senti sintomas de climatério. É aquele suor excessivo e depois aquela sensação de freada brusca. Eu informei para a médica e iniciei a reposição hormonal. Foi um tratamento pontual.

Ter feito a cirurgia dificultou os meus relacionamentos afetivos. Até porque, até hoje, não namorei. Não tive relacionamento afetivo por causa disso. Quando eu falava que não poderia ter filhos, eles sumiam. Davam uma desculpa e saíam fora. Eu sempre fiquei no vácuo.

Hoje, sou bem resolvida e estou ótima, porque o importante é se sentir bem consigo mesma. Não acredito nessa lógica de que tem que ser feliz com alguém do lado. A gente tem que ser feliz com a gente mesmo. Hoje estou bem.

Mas, o que me surpreendeu depois foi o que ouvi de um cara que era um guru, um líder espiritual. Eu não lembro o nome dele. Ele estava aqui na cidade, em Santos. Ele tinha contato com uma amiga da minha mãe. Nós fomos lá para receber um conforto. E ele falou para mim que mulher assim não presta mais. Isso acabou comigo. Minha mãe que estava comigo disfarçou no momento e nós viemos para casa.

Depois disso, eu precisava me ressignificar. A forma que encontrei de superar o que ocorreu foi cuidando das outras pessoas, com a minha profissão — utilizei o que tinha de melhor. Ser enfermeira foi a minha profissão até 2021, quando me aposentei. Atuei por 16 anos em atendimento pré-hospitalar e mais quatro anos fazendo atendimento de urgência em ambulância.

Fiz duas pós-graduações, uma em Dança e Consciência Corporal e outra em Dança, Arte, Esporte e Educação. Também fiz MBA em Gestão de Pessoas. Quando comecei a atuar com dança, fazia de forma assistencial como enfermeira. Agora, vou usar da arte e da cultura para fazer tratamento para as pessoas.

Eu iniciei um projeto e fiz pilotos no ano ado, para oferecer terapia com dança online. A partir do segundo semestre, já vou iniciar os atendimentos. Vai ser online para abraçar mais pessoas".

Quando a histerectomia é recomendada?

De acordo com o médico ginecologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Dani Ejzenberg, a histerectomia é recomendada nos casos em que os tratamentos convencionais às doenças do útero não apresentam efeito.

Assim, pode ser indicado em casos de endometriose ou miomas, bem como de tumores benignos que podem causar sangramento e dores. A cirurgia ainda é recomendada para pacientes com câncer de colo de útero avançado, câncer de endométrio e câncer de ovário.