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Pesquisadora mostra que negras têm risco maior de morrer de câncer de mama

Prêmio Inspiradoras: Livia Lovato Pires de Lemos é finalista na categoria "Atenção ao Câncer de Mama" - Mariana Pekin/UOL
Prêmio Inspiradoras: Livia Lovato Pires de Lemos é finalista na categoria 'Atenção ao Câncer de Mama' Imagem: Mariana Pekin/UOL

de Universa, em São Paulo

04/08/2023 04h00

No Brasil, as negras são as que, entre as mulheres, têm menor chance de sobreviver a um câncer. Foi o que comprovou trabalho realizado pela pesquisadora Lívia Lovato Pires de Lemos em sua tese de doutorado.

Finalista do Prêmio Inspiradoras na categoria Atenção ao Câncer de Mama, ela mostrou que o índice não se deve à biologia, mas à falta de o ao sistema de saúde, bem como ao tratamento precário que elas recebem. "Ou seja: ao racismo estrutural", afirma.

"Ter cor de pele preta não é fator de risco para o câncer de mama, mas carrega marcadores de risco, como a condição socioeconômica", explica Lívia.

A tese "Diagnóstico em estágio avançado do câncer de mama na América Latina e Caribe e sobrevida de mulheres tratadas para essa doença pelo Sistema Único de Saúde segundo raça/cor" foi defendida em 2022 na pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os dados relacionam-se à sobrevida. Trata-se da porcentagem de pacientes que vivem pelo menos cinco anos depois de um diagnóstico de câncer. O índice não determina quanto tempo uma pessoa viverá após descobrir a doença, mas indica a probabilidade de sucesso do tratamento.

No Brasil, essa taxa é de 74% para pacientes de câncer de mama. O índice, no entanto, só vale para mulheres brancas. Entre as negras, a chance de sobrevida é 10% menor.

A pesquisadora avaliou 59.811 mulheres com 19 anos ou mais que iniciaram o tratamento do câncer de mama no SUS entre janeiro de 2008 e novembro de 2010, com acompanhamento por cinco anos. Mais mulheres de cor de pele preta ou parda também chegam ao diagnóstico tardiamente quando comparadas às brancas. Geralmente, descobrem a doença em estágio avançado.

Prêmio Inspiradoras | Categoria: Atenção ao Câncer de Mama

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Mariana Pekin/UOL
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Racismo e a desigualdade

Lívia nasceu em Campinas, mas vive desde a infância em Belo Horizonte — por isso, se considera mineira. Foi na UFMG que se formou em farmácia e, na mesma universidade, decidiu cursar o mestrado em epidemiologia. "A área me fez brilhar os olhos e ter vontade de entender como é a dinâmica do adoecimento das populações", afirma.

De lá, o caminho foi o doutorado em saúde pública, onde um estudo chamou sua atenção. Uma colega havia realizado um levantamento na base de dados do SUS para identificar o tempo entre o diagnóstico da doença e o início do tratamento em Belo Horizonte. A demora era maior para as mulheres negras.

A pesquisa incluiu entrevistas com pacientes, o que possibilitou identificar a percepção delas em relação ao tratamento.

Ficou evidente que as mulheres negras têm um itinerário mais difícil para conseguir o à saúde. Isso me instigou a querer lançar luz sobre esse problema Lívia

Assim, decidiu fazer levantamento semelhante englobando dados de todo o país. "A importância desse trabalho está em levar o sistema público a pensar políticas para que essa demora maior para o diagnóstico de câncer de mama entre mulheres negras não ocorra", afirma Mariângela Leal Cherchiglia, orientadora da tese.

Mariangela observa que, geralmente, mulheres negras são diagnosticadas com câncer mais tardiamente porque não têm tempo para realizar os exames. "Muitas são diaristas, arrimo de família, não têm carteira assinada e não podem perder um dia de trabalho para ir ao posto de saúde, que funciona de segunda a sexta-feira, em horário comercial", afirma.

A pesquisadora, que também orientou o estudo sobre o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento em Belo Horizonte, conta que, na capital mineira, recentemente os centros de saúde aram a funcionar aos sábados e domingos. "No entanto, ainda faltam programas específicos para mulheres negras", diz a pesquisadora.

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Prêmio Inspiradoras: Livia Lovato Pires de Lemos é finalista na categoria Atenção ao Câncer de Mama
Imagem: Mariana Pekin/UOL

De olho na representatividade

Lívia é uma mulher branca e de classe média. Assim, teve cuidado redobrado para abordar o tema. "Essa questão envolve o racismo estrutural e é difícil falar sobre isso, pois não sou uma mulher negra. Busquei manter uma visão científica e epidemiológica. Não sei descrever o que essas mulheres aram, nunca vou saber", afirma.

"Espero que uma pesquisadora negra possa se apropriar dos resultados da minha pesquisa e aprofundar os estudos, interpretando-os com mais propriedade. E que os números sirvam para fomentar uma mudança", diz.

O Prêmio Inspiradoras é uma iniciativa de Universa e Instituto Avon, que tem como missão descobrir, reconhecer e dar maior visibilidade a mulheres que se destacam na luta para transformar a vida das brasileiras. O foco está nas seguintes causas: enfrentamento às violências contra mulheres e meninas e ao câncer de mama, incentivo ao avanço científico e à promoção da equidade de gênero, do empoderamento econômico e da cidadania feminina.