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Não desista: sempre é possível resgatar o bom relacionamento com a comida

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Imagem: iStock

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

14/12/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Em qualquer idade é possível mudar os hábitos e investir em uma boa alimentação
  • Para fazer isso, no entanto, é preciso priorizá-la, ou seja, destinar um tempo específico para se aventurar na cozinha
  • Comer devagar e mastigar bem os alimentos ajudam no processo de mudança comportamental
  • Não se engane: dietas restritivas não ajudam a melhorar os hábitos e ainda contribuem para o surgimento de transtornos alimentares

A maioria dos pais preza por uma boa alimentação para o seu bebê. Normalmente, são oferecidas frutas, verduras e legumes, e eles, por sua vez, apreciam tais alimentos, especialmente porque não conhecem outros. Ainda!

Com o ar do tempo, as crianças crescem e começam a conhecer as famosas guloseimas: doces, refrigerantes, frituras. E qual é o resultado disso na fase adulta? A perda do relacionamento saudável com a comida. Se esse for o seu caso, fique calmo, nem tudo está perdido. Sempre é possível se reconciliar com a boa e simples alimentação.

Nas últimas décadas, com a inserção das mulheres no mercado de trabalho, as famílias estão cada vez mais imersas na produtividade. Todos estão sempre no piloto automático: correndo para o trabalho, faculdade, cuidando dos filhos e tantas outras coisas ao mesmo tempo, que não sobra ânimo para cozinhar. Por isso, a alimentação vai ficando em segundo, terceiro ou quarto plano.

Quem nunca disse "eu como qualquer coisa no trabalho", "não deu tempo de fazer o jantar, vou comer um lanche" ou até "hoje meu filho vai comprar um salgadinho na escola, pois não deu tempo de preparar um lanchinho fresco". Na correria, come-se o que dá e o que for mais prático. E isso não é uma crítica, mas sim uma realidade.

"É preciso mudar o comportamento, para que ele se torne um novo hábito. E observar também o tipo de fome, pois temos a fome fisiológica e a fome hedônica ou apetite, que é o desejo de comer um alimento na espera de ter satisfação e prazer. Precisamos saber diferenciar isso no nosso dia e assim ter o prazer em se alimentar", diz Débora Palos, nutricionista da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca e especialista em terapia nutricional.

Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje

Mãe e filho se divertindo na preparação do almoço - iStock - iStock
Imagem: iStock

Nunca é tarde para resgatar ou até começar a investir em uma boa alimentação. Mas é preciso querer. Comer bem é um investimento, especialmente, de tempo. É um processo de construção diária.

Para a professora do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Luana Caroline dos Santos, é preciso, primeiro, reconhecer a necessidade de manter uma boa alimentação, não só para a saúde física, mas também para a mental. "A primeira coisa é a gente conseguir dar para a alimentação o espaço e o carinho que ela merece no nosso dia a dia", orienta. "A gente foi deixando-a como se fosse algo não importante para a nossa vida. É como se fosse um momento que a gente pode tirar", diz.

A especialista explica que quando priorizamos a alimentação, amos também a inseri-la no planejamento diário, o que significa deixar um tempo específico para ela, e não mais a sobra.

Outra dica importante para resgatar o hábito de se alimentar bem, priorizando legumes, saladas, verduras e sucos naturais, por exemplo, é que todos da família, mesmo que sejam apenas duas pessoas, coloquem a mão na massa. Dividir os dias em que cada um vai cozinhar facilita a rotina.

"A gente tem que pensar que a alimentação tem o antes, durante e depois. E a família inteira precisa estar envolvida, inclusive as crianças: quais alimentos serão preparados, o que tem que ser lavado, a mesa que tem que ser organizada, as vasilhas que serão lavadas depois", comenta Santos. "Temos que trazer a família para esse processo de produção das refeições".

Nesse sentido, a alimentação também assume um papel de socialização, de prazer. Entretanto, se você mora sozinho, não tem para onde fugir, o esforço terá que ser exclusivo. Mas foque nos benefícios, não no trabalho em si.

A ideia é não impor obstáculos para preparar uma boa comida, mas sim encontrar soluções que facilite o preparo. E não esqueça os lanches intermediários, eles também são muito importantes para uma boa nutrição.

Não coma até estufar

Falta de atenção nos alimentos - iStock - iStock
Imagem: iStock

Algumas pessoas têm dificuldade de reconhecer o limite de saciedade, isto é, quando estão satisfeitas. Esse tipo de atitude prejudica a alimentação e, em alguns casos, contribui para o surgimento de transtornos alimentares.

Segundo os especialistas, os sinais fisiológicos de saciedade demoram para chegar ao cérebro, por isso é importante mastigar bem os alimentos e comer devagar. Tais atitudes ajudam, inclusive, a avaliar melhor os alimentos, contribuindo para um relacionamento mais saudável com eles.

Vale mencionar que os sinais de saciedade são subjetivos e variam de acordo com o perfil de cada um. Para saber identificá-los, a regra número um é prestar atenção nos alimentos. Por exemplo, quando estamos comendo pipoca e assistindo a um filme, só vamos perceber que a pipoca acabou quando colocamos a mão no pote e não tem mais nenhum grão, ou seja, nesse caso, não há percepção.

Apreciar o cheiro, sabor, a textura, temperatura, é fundamental para resgatar o prazer de uma boa alimentação e reconhecer que se está satisfeito.

Cuidado, dietas restritivas não são recomendadas

Dietas muito restritivas não são recomendadas e podem gerar distúrbios alimentares - iStock - iStock
Imagem: iStock

De acordo com os especialistas, as dietas restritivas favorecem um comer disfuncional. Trata-se, portanto, de uma relação não saudável com a comida.

"O nosso corpo é extremamente inteligente e esse momento de privação não perdurará por muito tempo. Depois, o que a gente observa é que há um desejo, e não é uma questão psicológica, é uma questão, de fato, hormonal e metabólica, em que a pessoa precisa comer mais daquele alimento", explica Santos. Segundo ela, é por isso que as pessoas desenvolvem o efeito sanfona.

Clarissa Fujiwara, coordenadora de nutrição da Liga de Obesidade Infantil do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), salienta que a restrição não leva a uma mudança de comportamento positiva. "Eu acho que caminha muito mais para o lado de privação e sofrimento, quase como um castigo. Nesse processo de mudança, ninguém tem que ar por isso", afirma.

Sendo assim, mais importante que a privação, que pode gerar compulsão, é a relação estabelecida com os alimentos, que, quanto mais íveis, mais fáceis de serem controlados.

Veja dicas para resgatar o relacionamento saudável com a comida

  • Se possível, busque ajuda especializada no processo de mudança;
  • Faça as refeições em um ambiente tranquilo e sem distrações;
  • Comece a mudança aos poucos, não seja radical para não regredir facilmente;
  • Observe o comportamento e/o pensamentos e crenças disfuncionais;
  • Reflita sobre o grau da fome antes de comer;
  • Abandone a ideia das dietas restritivas;
  • Foque em saúde, não na estética;
  • Identifique se alguns sentimentos estão sendo "descontados" na alimentação;
  • Invista em autoconhecimento, aprenda a distinguir quando realmente está com fome;
  • Reflita sobre o grau de saciedade ao terminar cada refeição;
  • Lembre-se: comer deve ser algo prazeroso, não um castigo.

Fontes: Ana Carolina Costa, nutricionista, especialista em transtornos alimentares do Ambulim (programa de tratamento de transtornos alimentares realizado pelo SUS) e instrutora de mindful eating; Edivana Poltronieri, ex-obesa e CEO do 5S Estilo de Vida Saudável.